Tocantins


Tocantins


Geografia:
Área: 277.620,9 km2.
Relevo: depressão na maior parte do território, planaltos a sul e nordeste, planície no centro, com a ilha do Bananal.
Ponto mais elevado: serra Traíras (1.340 m).
Rios principais: Tocantins, Araguaia, do Sono, das Balsas, Paraná.
Vegetação: floresta Amazônica a norte, cerrado na maior parte do território com pequeno trecho de floresta tropical.
Clima: tropical.
Municípios mais populosos: Palmas (220.889), Araguaína (130.105), Gurupi (72.831), Porto Nacional (47.141), Paraíso do Tocantins (42.319), Araguatins (29.936), Colinas do Tocantins (28.467), Miracema do Tocantins (28.239), Tocantinópolis (26.994), Guaraí (21.175) – 2006
Habitante: tocantinense.

População: 1.332.441 (2006).
Densidade: 4,8 hab./km2 (2006).
Crescimento demográfico: 2,6% ao ano (1991-2006).
População urbana: 71,5% (2004).
Domicílios: 355.502 (2005);
Carência habitacional: 70.452 (2006).
Acesso à água: 76,9% (2005)
Acesso à rede de esgoto: 23,9% (2005).
IDH: 0,710 (2000).

Saúde:
Mortalidade infantil: 29,0 por mil nascimentos (2005).
Médicos: 7,2 por 10 mil hab. (2005).
Leitos hosp: 1,8 por mil hab. (2005).

Educação:
Educação infantil: 48.009 matrículas (78,6% na rede pública).
Ensino fundamental: 271.604 matrículas (95,3% na rede pública).
Ensino médio: 76.712 matrículas (95,3% na rede pública) - todos em 2005.
Ensino superior: 33.719 matrículas (66,2% na rede pública) - 2004.
Analfabetismo: 17,2% (2004).
Analfabetismo funcional: 32,7% (2004).

Governador: Marcelo Miranda

Economia:
Participação no PIB nacional: 0,3% (2004).
Composição do PIB:
Agropecuária: 12,9%.
Industria: 27,2%.
Serv: 59,9% (2004).
PIB per capita: R$ 3.728 (2004).
Exportação: (US$ 158,7 milhões): soja em grão (89,2%), carne bovina (10,5%). Import. (US$ 14,3 milhões): Ferro e aço para construção (29,3%), cabos de alumínio (28,6%), PVC (15,4%), aviões pequenos (13%), cimento (6,1%) - 2005.

Energia Elétrica: Geração: 4.633 GWh; consumo: 883 GWh (2004).

Telecomunicações:
Telefonia fixa: 167,7 mil linhas (maio/2006).
Celulares: 496,6 mil (abril/2006).

Capital: Palmas.
Habitante: Palmense.
População: 220.889 (2006).
Automóveis: 70.887 (2006).


Fatos históricos:
            Já durante as lutas de independência do Brasil, parte da elite goiana, com interesse nas áreas mais ao norte da província, procura estabelecer um governo autônomo na região do atual estado do Tocantins. É uma forma de protestar contra o abandono por parte das autoridades do império. No início do período republicano é feita nova tentativa de dividir Goiás entre o norte e o sul. No entanto, somente nas décadas de 70 e 80 do século XX o movimento pela emancipação do norte goiano começa a ganhar força no Congresso Nacional. O apoio decorre, em boa parte, do consenso sobre a necessidade de acelerar a ocupação da região conhecida como Bico do Papagaio, depois do confronto entre a guerrilha do Araguaia e o governo militar nos anos 70. Em 5 de outubro de 1988, por determinação da nova Constituição federal, é criado, com o desmembramento do norte de Goiás, o estado do Tocantins.

            Localizado estrategicamente no centro do território brasileiro, Tocantins é a passagem terrestre natural entre o sul e o norte do país. Faz divisa com seis estados (Pará, Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso e Goiás) pertencentes às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por estar numa área de transição, apresenta características climáticas e físicas tanto da Amazônia Legal quanto da zona central do Brasil. O cerrado cobre 87,8% da área total do estado e o restante é ocupado por florestas. No sudoeste está a ilha do Bananal, a maior do tipo fluvial no mundo. Com fauna e flora variadas, ela abriga o Parque Nacional do Araguaia, além de reservas indígenas, como a dos Carajás.

            Apesar de contar com a maior bacia hidrográfica localizada inteiramente em território brasileiro - Araguaia-Tocantins -, o estado produz apenas 35% da energia que consome. Está prevista para 2001 a conclusão da hidrelétrica de Lajeado, no rio Tocantins, que deverá produzir energia suficiente para atender às necessidades do estado e gerar excedente para outras regiões do país. Para melhor aproveitar seu potencial hídrico, está em construção a hidrovia Araguaia-Tocantins, que deve ligar as áreas férteis da região central aos principais portos do norte do país por um sistema do qual fazem parte também ferrovias e rodovias. A conclusão da obra está prevista para dezembro de 2001.

            Fundada em 1990, à beira do Rio Tocantins, a capital, Palmas, ainda se encontra em processo de edificação. Já foram pavimentados 4,5 mil km de ruas da cidade e as redes de água encanada, esgoto e luz elétrica alcançam quase todas as residências. A população cresceu de 131 mil para 220 mil habitantes entre 2000 e 2006 - a maior taxa de crescimento do país.

Destaques econômicos:
O principal setor econômico do Tocantins é o de serviços - próximo a 60% de seu PIB. A pecuária bovina de corte é uma das atividades mais importantes. Entre os produtos agrícolas destacam-se o arroz, a soja, o milho e o feijão. A produtividade agrícola é uma das mais altas do país. Na safra 1999-2000, a área plantada atinge cerca de 300 mil ha. A fruticultura também se desenvolve no Tocantins, com o abacaxi surgindo como investimento promissor. Cultivado numa área de 2,5 mil ha, com produção de 50 milhões de frutos, só perde em área plantada para a banana e a cana-de-açúcar. O estado também possui grande quantidade de minerais - como ouro, cobre, calcário, cristais de rocha, talco, fosfato, diamante, enxofre, manganês, titânio e rutilo - e fontes de águas minerais e termais em várias áreas do território. Em 2006 a produção de soja atingiu 905,3 mil toneladas.

Turismo:
As praias dos rios Araguaia e Tocantins atraem todos os anos cerca de 100 mil turistas de todo o país. Com a formação de um lago em Palmas e Porto Nacional, a orla da capital se prepara para montar um complexo turístico com hotéis, restaurantes e áreas de lazer. Marinas, clubes náuticos e praças de esportes serão instalados na avenida Beira Rio, em Porto Nacional. Na área do ecoturismo, já está funcionando o Centro Canguçu, no entorno da ilha do Bananal. Com a renda do hotel ecológico são financiados estudos ambientais.